ESCOLAS E AFINS…

O encontro com leitores nas escolas são sempre muito especiais. Alguns deles resultam em texto e impressões do carinho com o qual sempre sou recebida.

A Escola vai à Praça…

Reclamar da educação é fácil, já virou rotina. Mas, o que estamos fazendo, individualmente, para ajudar a mudar esse quadro. Na última sexta-feira vi com grande prazer pessoas absolutamente empenhadas nisso. Na Praça Saiqui, zona norte do Rio de Janeiro, seis escolas situadas no bairro de Vila Valqueire se reuniram na 1º FLAL (Feira Literária dos Amigos do Livro) numa iniciativa das Salas de Leituras dessas escolas que são municipais. Parabéns às escolas pela belíssimainiciativa. Adorei a oportunidade de participar! Foi muito bom levar o mundo de “Alice” para público tão especial.

(21/10/2011)

Escolas:

 José Joaquim,

Maria da Silva França,

Cândido Campos,

José Henrique Rodó,

Carlos de Laet

e CIEP Almir Bonfim

E.M. Cândido Campos http://lermaneironacandido.blogspot.com/2011/

Um mundo de Imaginação: encontro na Cambaúba.

 “Vida de quem escreve é mesmo difícil e cheia de muitas dúvidas, sempre… Acho que foi por isso que desde o começo não abri mão da parte interativa das histórias. Mas não posso me queixar, sou uma pessoa de sorte. Na semana passada eliminei muitas das dúvidas de uma vez só. Escrevo para crianças e cada vez mais gosto disso. E de presente ganhei dois dias pra conversar sobre o livro novo exatamente com eles, os colegas de interesse e idade dos personagens. Já fiz isso outras vezes, mas desta vez foi especial, tinha acabado de lançar o livro, os personagens e a história ainda perambulavam por aqui; o desapego é uma arte que ainda não domino bem. Isto aconteceu numa escola onde o nível de interesse é excepcional. As nove turmas se revezaram e só foram iguais no interesse. No mais, muitas deduções e palpites sobre a história. E então pude conviver ali com muitos e variados “Edus” e “Alices”. Bonito ver como eles se apropriam muito naturalmente da história e trazem rumos tão imprevisíveis e com a simplicidade desconcertante de quem ainda não aprendeu com os adultos essa bobagem de “complicar as coisas”. Foi muito bom, mas tive também que dar conta dos arredores da história, porque na lógica deles o que tem na vida pode muito bem caber na história, mesmo que, teoricamente, não esteja lá. E aí o problema é meu se não incluí na história um avô, um cachorro ou qualquer outro personagem. É natural prá eles que estejam lá… Também, falar em “sumiço” desperta sempre a tal curiosidade, a vontade de descobrir os motivos e os “suspeitos”. Não sei se a troca foi justa, me sinto parte devedora, afinal tantos caminhos novos surgiram ali com eles. E de bate-pronto vi nascer ali, num encontro nesta mesma Escola, uma linda poesia sobre o instrumento da “Alice” que o aluno Guilherme tinha ouvido falar ali nesse nosso encontro. Não resisti e propus desafio e vi brotar ali, ao vivo, uma linda homenagem. Acho que só vale contar histórias se tem essa troca. Agradeço pela companhia e torço por muitos outros encontros.

(04 e 05/10/2011)

(Escola Modelar Cambauba – http://www.cambauba.org.br/ )

O Poeta, o Jornalista, a Esperança e o Sonho.

“Outro dia me disseram que tenho alma de professora. E eu até poderia ter sido se o destino não tivesse me levado pra outros lados. Mas o que gostei mesmo foi ouvir que tenho espírito de educadora. Isso sim pode ser um grande elogio. Se bem que é tipo consequência, caminho natural, trajetória de vida de bibliotecário. Por conta de “Alice” venho estreitando cada dia mais os laços com escolas, onde vejo com entusiasmo, uma turma educadora que faz valer a pena ter sonhos. A parceria com eles é de muito prazer por ver crianças de escolas públicas, atualmente com tão pouca credibilidade, driblando obstáculos, criando situações favoráveis, chegando lá… Tenho muito orgulho das minhas origens suburbanas e satisfação de ver o Drummond (hoje tem coincidência da vida: é dia “D” dos 109 anos do CDA) e Cândido Campos tão suburbanamente bem representados. Um poeta de “mãos dadas” com o jornalista. Para o meu projeto, que é feito de sonhos, é muito importante encontrar sonhadores pelo caminho. E agradeço aqui aos sonhadores adultos e principalmente aos sonhadores crianças destas escolas pela recepção, carinho e por compartilhar seus sonhos e esperanças comigo. Na torcida por novos encontros e que os “sonhos do sonho” vire realidade.”

 (26/10/2011)

Ciep Carlos Drummond de Andrade

 E.M. Cândido Campos